A Recomeçar - Ong Recomeçar

Fundação

Fundada há 15 anos, a Associação de Assistência às Mulheres, Crianças e Adolescentes e vítimas de violência – “RECOMEÇAR”, é uma pessoa jurídica de direito privado, constituída por tempo indeterminado, de âmbito municipal e regional, sem fins lucrativos ou econômicos, de caráter filantrópico, assistencial, educacional e cultural.

A ONG Recomeçar, como é conhecida, está localizada em Mogi das Cruzes (SP). Oferece um serviço de acolhimento institucional sigiloso para mulheres em situação de violência e risco iminente de morte, com ou sem os seus filhos, e integramos a Proteção Social Especial de Alta Complexidade do Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

Tem como prerrogativa o atendimento integral que garanta privacidade, respeitando costumes, tradições, grupo familiar, raça/etnia, identidade de gênero, orientação sexual e religião de mulheres em situação de violência.

O trabalho da Recomeçar consiste em um acolhimento provisório para essas mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos, em situação de risco de morte ou ameaças em razão da violência doméstica e familiar, causadora de lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral.

O acolhimento deve ser desenvolvido em local sigiloso, com funcionamento em regime de cogestão, que assegure a obrigatoriedade de manter o sigilo quanto à identidade das usuárias.

Nossa Missão

Acolher e garantir proteção integral para mulheres, com ou sem filhos, vítimas de violência doméstica com risco de morte;
Contribuir para a prevenção do agravamento de situações de negligência, violência e ruptura de vínculos;
Restabelecer vínculos familiares e/ou sociais;
Promover acesso à rede sócio assistencial, aos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e às demais políticas públicas setoriais;
Favorecer o surgimento e o desenvolvimento de aptidões, capacidades e oportunidades para que as Mulheres façam escolhas com autonomia;
Promover o acesso a programações culturais, de lazer, de esporte e ocupacionais internas e externas, relacionando-as a interesses, vivências, desejos e possibilidades do público;
Proteger mulheres e prevenir a continuidade de situações de violência;
Propiciar condições de segurança física e emocional e o fortalecimento da autoestima;
Identificar situações de violência e suas causas e produzir dados para o sistema de vigilância sócio assistencial;
Possibilitar a construção de projetos pessoais visando à superação da situação de violência e o desenvolvimento de capacidades e oportunidades para o desenvolvimento de autonomia pessoal e social;
Promover o acesso à rede de qualificação e requalificação profissional com vistas à inclusão produtiva.

Como atuamos

Aqui explicamos como funciona cada fase desde o primeiro contato ao acompanhamento.

Primeiro contato

Após requisição do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), outros serviços socioassistenciais; Ministério Público e Poder Judiciário, encaminhamos nossa Técnica Social (assistente social ou psicóloga), para avaliação da necessidade de acolhimento institucional, após escuta qualificada e apresentação das especificidades do serviço.

A usuária poderá ser acolhida com seus respectivos filhos, para que sejam realizados todos os procedimentos pertinentes ao acolhimento e com total segurança. Este atendimento será oferecido ininterruptamente, de acordo com a necessidade.

Encaminhamento para a Rede Pública de Saúde

Sempre que se fizer necessário, as usuárias e seus filhos serão encaminhados para a rede pública de saúde, para usufruírem de atendimento médico, acompanhados sempre pela Técnica Social ou Educadora do projeto, para intervenções médicas e realização de exames de rotina, conforme necessidade de cada usuário.

Assistência jurídica

As usuárias são também direcionadas à Defensoria Pública ou às Promotorias de Justiça do município, para que lhes prestem orientação jurídica, promovam a ascensão de seus direitos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, contemplando seus direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita.

Assistência social

Realizamos articulações/encaminhamentos durante e pós-acolhimento, através de discussão de caso e compartilhamento de ações/estratégias de todas as usuárias formalizado através de um relatório técnico detalhado, realizado pelas técnicas sociais da organização, durante o período de acolhimento e após o desligamento do serviço.

Também temos reuniões para definição de fluxos e protocolos que reconheçam a centralidade do trabalho com as mulheres e crianças em situação de violência e contribuição no fornecimento de dados através da alimentação dos sistemas da Rede SUAS, CadÚnico, VISUAS e IRSAS.

Cidadania

Uma vez que as usuárias podem não estar de posse da sua documentação e de seus filhos, visto sua situação de vulnerabilidade, poderá ser necessário encaminhá-las aos órgãos competentes para providenciar documentos pessoais e incluí-las em programas sociais, que sejam adequados ao seu perfil.

De um modo geral, as atendidas poderão ser acompanhadas, por profissionais da organização, para providenciarem documentação e para receber seus benefícios e demais programas que lhes sejam de direito, como: BPC, aposentadoria, bolsa família, renda cidadã, etc.

Construção da autonomia

Desenvolvemos ações (palestras, debates, roda de conversa e atendimentos individuais e em grupo) com o intuito de fortalecer autoestima;
Ampliar o universo informacional;
Troca de experiências de vida, além de estimular as usuárias em relação a sua capacidade de autocuidados;
Elaboração de planejamentos para construção do projeto de vida e fortalecimento da autonomia e dos vínculos familiares.

Reinserção ao mercado de trabalho

De modo geral, devido a sua situação de vulnerabilidade social, as usuárias podem se encontrar desempregadas ou sem vínculos empregatícios.

Logo, durante o abrigamento, fornecemos capacitação, orientação acerca das exigências do mercado de trabalho, estimulando as habilidades pessoais e possibilidades de geração de renda.

Cuidados especiais com alimentação infantil

As pessoas mais suscetíveis à insegurança alimentar são aquelas em vulnerabilidade social e nesse grupo estão os indivíduos em serviços de acolhimento, considerados de alta complexidade e vulnerabilidade.

Diante desta realidade em casos específicos, poderão ser contratados os serviços de profissionais nutricionistas, que devem construir, juntamente com a equipe da cozinha, um cardápio de acordo com a realidade dos casos atendidos e da instituição

Acompanhamento escolar

Articulação, junto à escola, para continuidade do processo educacional regular das crianças/adolescentes já frequentadores.

Para isso realizamos a retirada das atividades escolares semanalmente, onde as crianças recebem orientação e acompanhamento das educadoras e suas genitoras para sua realização, dando continuidade ao seu processo educacional e formativo.